Por
Edmilson Americano, presidente da Abracomtaxi
Edmilson Americano reunido com Rodrigo Janot |
Os
serviços pagos de transporte de passageiros rendem ao Uber, aplicativo ilegal
que vincula passageiros com carros particulares, sem alvará de táxi, 4 bilhões
de dólares, apenas nos Estados Unidos. E se aproximam rapidamente de 50 bilhões
somando EUA com o resto do mundo, inclusive o que o Uber lucra no Brasil.
De
onde é que o Uber arranca tanto valor de mercado? Pirateando o serviço
legalizado e tradicionalmente prestado pelos taxistas profissionais, nos seus
respectivos países e cidades. Ou seja, são tubarões que enriquecem subtraindo a
renda gerada pelos serviços legalizados de transporte de passageiros.
A
grande “invenção” do Uber foi piratear os ganhos dos taxistas legalizados
através da vinculação dos passageiros com carros particulares, desrespeitando
frontalmente as legislações que monitoram, preservam e protegem socialmente os
serviços de táxis e seus passageiros. Que são, sempre, serviços autorizados
pelo poder público.
Cada
Real pago ao aplicativo Uber é um Real subtraído ao esforço diário dos taxistas
legalizados, que serão condenados, se não reagirem e batalharem para proteger
seu próprio negócio, a andar batendo lata e depois a encostarem seus veículos.
É da
soma desses reais e dólares, nas mais diferentes cidades do planeta, que o Uber
enriquece. Subtraindo renda dos trabalhadores taxistas, através da “invenção”
da pirataria moderna de serviços.
Trata-se
de um predador implacável e arrogante. Que afronta leis, com o poder da grana
que acumula subtraindo o sustento de toda uma categoria profissional.
É
por isso que o Uber precisa ser combatido em várias frentes. Os taxistas
legalizados e suas associações de classe devem dar continuidade ao trabalho já
iniciado de sensibilizar o Poder Público de suas cidades, estados e País.
Por
isso, na condição de presidente da Abracomtaxi me reuni, recentemente, com o
Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Aproveitei a estada em Brasília
para conversar com vários deputados federais e sensibilizá-los a favor da nossa
causa. No mesmo dia, uma imensa delegação da Abracomtaxi acompanhou a votação
do projeto de lei do vereador Adilson Amadeu, na Câmara Municipal de São Paulo,
que proibiu o Uber, em primeira votação, com o placar de 48 votos a 1.
Porque
para enfrentar o Uber (e outros aplicativos-tubarões que já sentiram o cheiro
das rendas que o serviço legalizado de táxi pode gerar) é necessário unidade de
toda a categoria na ação.
Além
da ação política, precisamos ampliar, com urgência, a vinculação dos taxistas
com as comunidades e seus representantes; e investir em campanhas que estimulem
e resgatem a percepção do público no bom e velho relacionamento personalizado e
profissional que os taxistas brasileiros sempre mantiveram com seus
passageiros.
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