Veja a seguir porque não aceitamos a desculpa esfarrapada e ilegal do aplicativo Uber, que faz campanhas para manipular a opinião pública, com o argumento unilateral de que estimula "o direito de escolha", e, ao mesmo tempo, desrespeita as leis brasileiras.
É
hora de lembrarmos que vivemos num Estado Democrático de Direito. Duramente conquistado. E que devemos nos esforçar para mantê-lo.
E
quando surgem essas campanhas sustentadas por aplicativos ilegais, é adequado que recordemos o que está definido e continua válido em nossa
Constituição Federal.
De
acordo com o artigo “Liberdades constitucionais, breves anotações”, da advogada
Rayanna Silva Carvalho, na revista “Âmbito Jurídico”: “O art. 5º, II, da
Constituição afirma que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.
Esse artigo traz em seu bojo de forma expressa o princípio da legalidade e também de uma maneira implícita o direito à liberdade
de ação já de maneira relativizada por aquele.”
A
advogada nos ajuda a lembrar que a Constituição Federal é a referência maior
quando temos dúvidas para evitar cair nos argumentos estelionatários do pessoal
do aplicativo Uber, que lucra ao desrespeitar as leis brasileiras para subtrair
renda dos taxistas legalizados.
A
advogada Rayanna Silva Carvalho insiste no seu artigo que “vale lembrar as
palavras de José Afonso da Silva ‘desde que a lei [...] provenha de um
legislativo formado mediante consentimento popular e seja formado segundo
processo estabelecido em constituição emanada também da soberania do povo, a
liberdade não será prejudicada. Nesse caso, os limites a ela opostos pela lei
são legítimos’”.
Apoiados
no nosso sistema legal, referendado pela nossa Constituição Federal, é hora de
denunciarmos os que estimulam o discurso enganoso, porque unilateral, do
“direito de escolha” e tentam manipular a opinião pública para tentar legitimar
suas atividades lucrativas, mas ilegais.
Se
não nos atermos à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito,
seremos induzidos por esses oportunistas de plantão, a acreditar que teríamos o
“direito legal de consumir produtos piratas, porque são mais em conta”, ou
“teríamos o direito legal de comprar medicamentos controlados sem receita,
porque estamos muito doentes” ou que “teríamos o direito legal de dirigir sem
cintos de segurança porque seria desconfortável”.
Por
isso, vamos defender, sempre dentro da lei, o direito dos taxistas legalizados
ao trabalho e agir através das instâncias democráticas, na Câmara dos
Deputados, nas Câmaras dos Vereadores e nos Executivos, na defesa ao direito à
livre escolha de trabalhar com o transporte legalizado de passageiros. Dentro
da lei.
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